
Bem vindos e bem vindas ao nosso acervo virtual. Boa Pesquisa
QUEM SOMOS
O Centro de Referência Virtual Indígena surge do envolvimento do Armazém Memória nos trabalhos ligados à Comissão Nacional Verdade (CNV), onde durante o período de funcionamento nos dedicamos a mapear arquivos, fundos e coleções de interesse aos povos indígenas.
Deste esforço a sociedade brasileira teve acesso, por exemplo, às quase 7 mil páginas do Relatório Figueiredo, desaparecido por 45 anos e que retrata a violência contra os povos indígenas no final dos anos 1950 até 1968, data de sua publicação. A violência documentada pelo próprio estado brasileiro, tem hoje acesso público e é objeto de estudos para diversos fins.
Da documentação recolhida pelo Arquivo Nacional, mais de 18 milhões de páginas, no projeto Memórias Reveladas, do qual o Armazém Memória é membro e parceiro de primeira hora, disponibilizamos dos fundos documentais reunidos parte da documentação onde os povos indígenas são citados, visando buscar os nexos entre a violência retratada na documentação e os inúmeros conflitos indígenas que ocorrem nos dias de hoje no Brasil.
A documentação produzida pelo estado durante a ditadura militar, no âmbito da justiça de transição, além de fonte de informação para levantamento histórico e estabelecimento da verdade, é muitas vezes, elemento probatório em processos judiciais que envolvem direitos indígenas, contribuindo para a efetivação da justiça e a reparação aos povos atingidos por violações de direitos humanos nos processos desenvolvimentistas e de expansão econômica de nossa sociedade.
Dada a violência que ocorre sistematicamente contra os povos indígenas, este centro de referência é prioridade em nossas atividades de resgate de conteúdo histórico frente aos demais temas documentados no Armazém Memória, pois o acesso à memória histórica recente, é um elemento importante na defesa dos direitos das comunidades atingidas e fator de avanço na construção da democracia e do respeito aos direitos territoriais, culturais e de livre organização dos povos indígenas, que resistem num Brasil onde o Nunca Mais encontra-se cada dia mais distante.
HISTÓRICO DO CENTRO DE REFERÊNCIA
Inicio dos trabalhos: março de 2012.
Trabalho atual: Desenvolvimento do projeto Memória Interétnica: Ampliação do Centro de Referência Virtual Indígena em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais com apoio da embaixada do Governo da Noruega no Brasil.
CENTRO DE REFERÊNCIA VIRTUAL
INDÍGENA
ACERVO REUNIDO
COMO USAR

Anais das Constituintes
Documentos das Assembléias Constituintes realizadas no Brasil (1823-1988).
66.946 páginas.

Arquivo Nacional
Documentos produzidos pelo Estado brasileiro sobre povos indígenas.
503.959 páginas.

Comissões da Verdade
Documentos e relatórios de comissões da verdade instaladas no Brasil.
34.082 páginas.

Acervo de Instituições
Arquivos, fundos, coleções indígenas, indigenistas e de direitos humanos.
38.991 páginas.

Biblioteca
Artigos, cartilhas, catálogos de filmes, livros, TCCs e teses com temática indígena.
45.071 páginas.

Documentos
Arquivos, fundos, coleções da esfera pública e no exterior.
227.743 páginas.

Hemeroteca de Periódicos
Coleção de Jornais e Revistas com temática sobre povos indígenas.
39.436 páginas.

Recortes de Jornais
Coleções de recortes de jornais de instituições públicas e indigenistas.
31.123 páginas.

Relatórios
Coleção de relatórios nacionais e internacionais sobre os povos.
16.601 páginas.

Acervos Pessoais
Documentos reunidos por lideranças indígenas e indigenistas.
501 páginas.

Legislação
Coletânea de leis, jurisprudências, tratados internacionais e estudos.
9.116 páginas.

Processos Judiciais
Íntegra de ações judiciais sobre direitos dos povos indígenas.
3.759 páginas.

Ministério Público Federal
Documentos produzidos pela 6ª Câmara de Coordenação e Revisão.
4.092 páginas.

Mapoteca
Coleção digital de mapas históricos, atlas e documentos cartográficos.
456 páginas.

Guia de Fontes
Guia de arquivos, bibliografias, catálogos, com fontes diversas.
19.712 páginas.

Coleção de Leis do Brasil
Publicada pela Imprensa Nacional de 1808 ao ano 2000.
167.350 páginas.

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Coleção completa da revista IHGB publicada de 1839 até nossos dias.
207.621 páginas.
Faça uma visita ao Armazém Memória
PROCESSOS DE DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÌGENAS

Terras Demarcadas
Coleção de processos de demarcação de Terras Indígenas.
Organizado por estado.
46.789 páginas.
“Nós, pertencentes a 305 povos, que falamos 274 línguas diferentes, somos a raiz mais profunda da formação desse país. E ainda assim temos que lutar todos os dias pelo direito de existir.”
“No dia que não houver lugar para o índio no mundo, não haverá lugar para ninguém”.
COLEÇÕES DE INTERESSE
Bibliotecas de apoio. Conteúdos disponibilizados na internet pelas instituições de guarda.

Hemeroteca Digital Brasileira
59.023.183 páginas

Manuscritos
1.381.628 páginas

Coleções de Várias Instituições
136.279 páginas

Museu do Índio
625.421 páginas

Anais de Várias Instituições
57.205 páginas

Coleção Documentos Históricos
45.374 páginas

Revista Conjuntura Econômica
111.851 páginas

Cordelteca
41.412 páginas

Folclore
157.070 páginas

Hemeroteca RADIS (1980-2013)
283.451 páginas

Registros Paroquiais de Terras RJ
11.004 páginas

Revista IHGB (1839-2020)
207.621 páginas
Seminário Violências contra os Povos Indígenas: Reparação e Não-repetição
VEJA AQUI A PROGRAMAÇÃO
Abertura:
Elaine Moreira – OBIND
Daniela Greeb – Instituto de Políticas Relacionais
Conferência de abertura:
Dinaman Tuxá – APIB
Mesa I: Reparação e garantias de não-repetição para os povos indígenas
Maira Pankararu – Moitará
Marcelo Zelic – Armazém Memória
Marco Antônio Delfino – MPF/MS
Moderação: Elaine Moreira – OBIND
Mesa II: Estudos de caso e ações de reparação Debora Tupinikim
Fernanda Kaingáng
Fred Tikuna
Gabriel Fonteles
Iury Tikuna
Juliana Tupinambá
Mairu Karajá
Maíra Pankararu
Suliete Baré
Moderação: Ana Zema
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Relacionais Site: http://www.relacionais.org.br/
Instagram: @relacionais
Facebook: Instituto de Políticas Relacionais
Armazém Memória Site: https://armazemmemoria.com.br/
Pesquise no Acervo: https://www.docvirt.com/docreader.net…
Instagram: @armazemmemoria
OBIND Site: http://obind.eco.br/
Facebook: OBIND
Twitter: @obindunb
APIB Site:
FILMOTECA

Canal Povos Indígenas do Brasil
Catálogos de documentários organizados no Youtube por povos indígenas, década, região, coletâneas, retrospectivas, mostras e séries .
Trecho da fala de Marcelo Zelic no debate “Como pensar a justiça de transição para os povos indígenas? (ver completo aqui)










Coleção
Indígenas Pela Terra e Vida
Foram realizadas entrevistas de história de vida com 8 indígenas de diferentes povos, e suas narrativas nos ajudam a entender como a comunidade indígena vem, historicamente, sofrendo com violações de seus direitos no Brasil. A Coleção Indígenas pela Terra & Vida permite que o visitante, ao ler e ouvir as narrativas, tenha a noção dessas violações, ao mesmo tempo em que dão legitimidade à luta das novas lideranças indígenas por seus diretos originários. Visite a coleção no Museu da Pessoa.
Histórias de Vida - Índice
- Alesandra Korap (Munduruku – PA)
- Antonio dos Santos (Tupinikin – ES)
Brasílio Pripa (Xokleng – SC) - Braulina Aurora (Baniwa – AM)
- Ezequiel João (Guarani-Kaiowá – MS)
- Ilson Carneiro (Nukini – AC)
- Potira Tupinambá (Tupinambá – BA)
Simão Ocoy (Avá-Guarani – PR)
Um resgate coletivo da história.

acervo

exposição

mostra de cinema

retratos da violência

resistência indígena

conflitos territoriais
CARTOGRAFIA DE ATAQUES CONTRA INDÍGENAS
A ideia de organizar em um mapa registros de assassinatos de indígenas no Brasil é visibilizar a quantidade e constância com que povos originários foram e continuam sendo massacrados. Trata-se de uma Cartografia dos Ataques Contra Indígenas (Caci). A palavra Caci significa “dor” em Guarani. É a primeira vez que as informações foram sistematizadas e georreferenciadas em uma visualização que permite olhar os casos em sua dimensão territorial. É o primeiro passo em uma tentativa de mobilizar um grupo de atores para reunir, sistematizar e visibilizar informações sobre assassinatos de indígenas, tema que nem sempre ganha a atenção que merece. A plataforma pode e deve ser aprimorada nos próximos anos.
O projeto foi desenvolvido pela Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com Armazém Memória e InfoAmazonia. O georreferenciamento das informações teve como base relatórios do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) produzidos entre 1985 até nossos dias, e foi feito a partir da região em que os crimes aconteceram. Não é um levantamento completo. Infelizmente, o número de assassinatos no período é muito maior do que os registrados pelas duas organizações. Mas trata-se de uma base sólida que, por si só, é um registro histórico que pode servir como ponto de partida para pesquisas e análises aprofundadas. Atualmente o CACI é gerido pelo CIMI e atualizado a cada novo relatório publicado.