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Cinema Marginal: A Imaginação Contra o Poder

Esta mostra foi exibida em Porto Alegre na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro) em maio de 2008, reunindo 10 títulos clássicos do movimento conhecido como Cinema Marginal.

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REDESCOBRINDO A II GUERRA MUNDIAL

Filmes restaurados e em cores que mostram a Segunda Guerra Mundial como nunca se viu antes. “Redescobrindo a Segunda Guerra” relata esse conflito terrível por meio do trágico destino de quem foi à guerra (soldados), de quem sofreu as suas consequências (civis) e de quem a comandou (chefes militares e políticos). A guerra matou 50 milhões de homens e mulheres no mundo todo – e foi a primeira da história com tantas vítimas civis quanto baixas militares.

O Mundo em Guerra

1973 – 26 capítulos

Battlefield

1996 – 21 capítulos

70 anos da II Guerra Mundial

2009 – 30 capítulos

Eles Filmaram a Guerra em Cores

2014 – 4 capítulos

De Nuremberg a Nuremberg

1989 – 4 capítulos

A História da Segunda Guerra Mundial

1999 – 24 capítulos

II Guerra Mundial em Cores

2010-2011 – 13 capítulos

The Spielberg Jewish Film Archive

32 capítulos

MOSTRA

Documentários e Desenhos

Catálogo

Mostra: Apontamentos sobre o fascismo

DOCUMENTÁRIOS

DESENHOS

ACERVO

VISÕES DO FRONT

Nesta sessão estão disponíveis coleções de registros produzidos pelas principais forças envolvidas na II guerra mundial. Da Alemanha e Estados Unidos tele-jornais cobrindo boa parte do conflito, expondo a comunicação como uma das armas utilizadas no conflito. Da Inglaterra uma coletânea de transmissões de rádio feitas pela BBC de Londres. Da Rússia e Itália uma série de documentários que conta o conflito a partir de suas visões e interesses. Do Japão é preciso ver e entender do que se trata…

Alemanha

(Die Deutsche Wochenschau)

Foi uma série de notícias da Alemanha nazista produzida de junho 1940 até março de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Estão disponíveis 168 filmes e entre os episódios, se encontram imagens raras da Batalha da Normandia, cenas do Wolfsschanze após o atentado de 20 de julho, além das últimas imagens da Batalha de Berlim.

Estados Unidos

United News

Este noticiário abrange as atividades aliadas da guerra (e um ano de eventos pós-guerra) a partir de junho 1942 a setembro de 1946. Cada versão semanal contém um a nove notícias e em médias um pouco mais de nove minutos de duração. Ele tem a vantagem adicional de uma narração completa e claro também um tipo de propaganda.

Inglaterra

(BBC News)

Na época, a Grã-Bretanha viu potências rivais como a Alemanha, a Itália e a União Soviética se engajarem em transmissões de rádio para o exterior, muitas vezes com a finalidade exclusiva de fazer propaganda para seus sistemas de governo (nazismo, fascismo e comunismo). Países com quem a Grã-Bretanha tinha boas relações, como os Estados Unidos ou a Holanda, também tinham dado início a esse tipo de iniciativa, fazendo com que as ondas curtas se tornassem o cenário de uma verdadeira “guerra de idéias” radiofônica.

Rússia

(Soviet Storm)

Tempestade Soviética é uma série de televisão nova e épica da Frente Oriental da Segunda Guerra Mundial. Dando uma perspectiva russa sem precedentes no teatro mais decisivo e sangrento da guerra. Este foi um conflito de escala impressionante e selvageria. Quatro em cada cinco soldados alemães mortos na Segunda Guerra Mundial morreram na Frente Oriental. O Exército Vermelho sofreu dez vezes mais mortos que os aliados ocidentais somados.

Itália

(La Storia del Fascismo)

Corriere della Sera, em colaboração com Rai Trade, propõe ‘A história do fascismo’ reconstruindo em 13 capítulos, através de filmes do período e evidências originais, os eventos do período fascista do primeiro momento de luta de 1919 a eventos na República social italiana que terminou com a exposição dos corpos sem vida de Mussolini e Claretta Petacci em Piazzale Loreto, em Milão. A obra foi editada por Piero Melograni, historiador e escritor italiano.

Japão

(Playlist do Youtube)

É preciso pesquisar sobre os registros japoneses sobre a segunda guerra. Pela dificuldade de compreensão da língua apresentamos esta playlist que evidentemente precisa de uma avaliação crítica sobre seu conteúdo, para compreender se ela é capaz de retratar uma visão japonesa sobre o conflito.

PROPAGANDA DE GUERRA

CARTAZES

Seleção de imagens de propaganda anti-nazi e anti-fascista, 1937-1945. Em português, inglês, russo, catalão, castelhano e francês.

Cartaz Americano

Eu Quero Você para Exército dos EUA

Talvez um dos mais famosos cartazes de propaganda de qualquer tempo, “Eu Quero Você para Exército dos EUA” foi, na verdade, encomendado para a Primeira Guerra Mundial. Baseado em um cartaz de recrutamento britânico igualmente icônico, esta imagem indelével se mostrou tão eficaz, que também foi amplamente utilizada na Segunda Guerra Mundial. Mesmo aos nossos olhos, viciados nas  mídias do século XXI, não é difícil ver por que tantos jovens atenderam à chamada. O rosto severo, mas paternal do ícone nacional Tio Sam, parece estar olhando diretamente em nossa alma, não importa de que forma olhemos para o cartaz. O apelo à honra e ao dever, para não mencionar o tom ligeiramente sinistro, foi suficiente para convencer inúmeros homens de boa vontade a alistar-se para uma turnê no Inferno. Se isso não é uma peça eficaz de propaganda, o que será?……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Alemão

Um  povo, um Império, um Líder.

Enquanto a América usou uma figura de ficção vestida com as cores da bandeira americana, grande parte da propaganda da Alemanha contou com a imagem de Adolf Hitler. Hitler não inventou o fascismo ou o culto à personalidade que o alimentou, mas ele certamente aperfeiçoou esse ultimo. Hitler não era um homem particularmente atraente, mesmo para os padrões de sua época e em nenhuma hipótese estava perto do ideal ariano que ele tantas vezes exaltou, ele, no entanto, vendeu a sua imagem ao público alemão como símbolo inequívoco de todos os desejos e ambições do povo germânico. Um exemplo clássico disso é “Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer!” Simplesmente: “Um  povo, um Império, um Líder”. Essa peça de publicidade foi usada largamente em todas as terras conquistadas pelos alemães, para inspirar lealdade e um orgulho feroz no alemães étnicos que viviam nesses lugares. Ao contrário do olhar penetrante do Tio Sam, Hitler está olhando para o lado, para um futuro onde  os alemães seriam os mestres do mundo. Uma imagem poderosa e incrivelmente eficaz.………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Inglês

Mantenha-se calmo e siga em frente

Enquanto Hitler e os nazistas alemães estavam ocupados, convencidos de seu destino glorioso, o governo britânico tentava desesperadamente convencer seus cidadãos de que sua nação não estava prestes a ser totalmente destruída. Em 1939, a maioria dos britânicos temia que num futuro muito próximo, milhões de soldados alemães  desembarcariam nas praias inglesas. O governo, a única grande potência que na época estava em guerra contra a Alemanha, sabia que, se naquele momento a Alemanha estava a perseguir suas outras ambições, logo ela voltaria sua plena fúria e atenção para o Reino Unido. Para manter o moral, o Ministério da Informação Britânico encomendou uma série de cartazes para lembrar os cidadãos de seu caráter nacional. A mais emblemática delas foi “Keep Calm and Carry On”. Uma mensagem simples em negrito abaixo de uma imagem da coroa, mas uma mensagem que capturou a essência da identidade britânica. Curiosamente, apesar de milhões de exemplares terem sido impressos, o cartaz nunca foi amplamente exibido durante a guerra, só recentemente ele foi redescoberto e popularizado. Ele continua a ser um exemplo surpreendente de como algumas palavras e uma simples imagem podem capturar o espírito de uma nação inteira.…………………………

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Russo

A Pátria Está Chamando Você

Uma vez que os russos entraram na guerra, eles produziram um cartaz de recrutamento que rivalizava com o chamado de Tio Sam em popularidade e eficácia. Em vez de usar uma figura de pai de olhos de aço para recrutar soldados para o seu dever patriótico, os russos usaram uma mulher. Com um olhar tão penetrante como o do Tio Sam, a Mãe Rússia olhou para as almas dos jovens russos e lembrou-lhes das mães, avós, esposas e irmãs que eles tinham perdido na brutal invasão alemã de sua terra natal. Ao apelar para o amor intenso do país que a maioria dos russos compartilhava, esse cartaz galvanizou o desejo de vingança que os homens russos sentiam. E esse  desejo manteve-se ardente quando os russos começaram a contra atacar as forças alemãs.……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Japonês

Ascensão da Ásia

Para o americano médio, o britânico, ou russo que viam o Império Japonês rapidamente se alastrar por toda a Ásia, o Japão estava em uma corrida imperialista, subjugando qualquer um que ousasse ficar no caminho de sua ambição. Os japoneses, no entanto, viam a si mesmos e as suas conquistas de maneira muito diferente. Para eles, as invasões da Coréia, Taiwan, China, Filipinas, e das cadeias de ilhas do Pacífico Sul foram uma tentativa de aliviar a região de influência do lado ocidental, e criar, bem como liderar, uma asiática  “Esfera de Co-Prosperidade.” Para reforçar ainda mais essa ideia e convencer o povo de suas novas colônias a aceitar a realidade do domínio japonês, eles criaram o cartaz “Rise of Asia”. Mostrando um nobre soldado japonês rompendo as correntes do domínio ocidental e de pé sobre caricaturas dos derrotados Grã-Bretanha e Estados Unidos, o cartaz foi concebido para sinalizar que uma nova ordem estava nascendo, uma nova ordem que libertaria os povos oprimidos ao longo de toda a Ásia. Infelizmente, para os japoneses, suas ações nas terras conquistadas não convenceram ninguém e eles enfrentaram uma resistência sangrenta em quase todos os países que tentaram agregar ao seu império.………………………………………………………………………………………………………………

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Americano

Este é o inimigo

Uma das principais características da propaganda durante a guerra é a tentativa de apelar para todas os ideais e  emoções humanas, quer se trate de desejos nobres como a justiça e a liberdade, ou não tão nobres, como o ódio e o medo. Uma das ferramentas mais eficazes para seduzir as mentes e conquistar o apoio de uma população para a guerra, é o velho e conhecido racismo. Usada pelos exércitos desde a aurora dos tempos, a técnica funciona porque ela transforma os inimigos como algo menos do que humano, um flagelo que deve ser erradicado antes que ele destrua tudo o que amamos e prezamos. Há inúmeros exemplos de cartazes de propaganda racista da Segunda Guerra Mundial, mas um dos melhores exemplos foi o cartaz americano “Este é o inimigo.” Chocante pelos padrões de hoje, ele mostra uma caricatura sorridente de um soldado japonês com olhos oblíquos e braços simiescos levando embora uma mulher branca nua. É uma imagem escura, enervante. Talvez a coisa mais assustadora sobre o cartaz é que ele não se destinava a criar uma nova imagem dos japoneses, mas sim, para reforçar uma já ampla e inquestionavelmente opinião que os americanos tinham sobre o povo do Japão.…………………………………………………………………………..

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Americano

Tenha certeza de ter a hora correta

Cartazes racistas não eram utilizados apenas para atiçar o ódios  naqueles que ficavam em casa. O cartaz americano “Tenha certeza de ter a hora correta” usa uma imagem racista semelhante ao cartaz anterior para lembrar os soldados do valor operacional de manter seus relógios intactos, enquanto no campo de batalha.Com suas versões flagrantemente ofensivas das caricaturas de Hitler, Mussolini e Tojo, ele expressa o ódio que todos os soldados deveriam sentir por  seus inimigos. A animosidade vem fácil quando um grupo está tentando matar você e seus amigos, e as forças armadas americanas sabiam disso, toda chance que tiveram, inclusive em simples cartazes de instrução, os senhores da guerra lembraram os homens que lutaram por eles que os inimigos eram monstros que mereciam somente a morte e o desprezo.………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Inglês

Lábios soltos afundam navios

Racismo, é claro, não era a única forma eficaz de lembrar os membros das forças armadas de que eles precisavam manter a disciplina em todos os momentos. O cartaz britânico “Loose Lips Sink Ships” tem uma rima simples, uma imagem icônica gritante, e uma barra de vermelho escuro para alertar os soldados sobre os perigos de se falar fora de hora sobre as ações que eles estavam prestes a tomar. Soldados e marinheiros, muitas vezes lidavam com  longos períodos de inatividade, comuns na vida militar, sendo muito comum as fofocas. Infelizmente, a maioria dos planos militares dependem de sigilo. Levando em conta o fato de que as grandes potências da Segunda Guerra Mundial estavam planejando e executando alguns dos esforços militares mais complexos já realizados na história da humanidade, torna-se evidente o quanto de dano um soldado tagarela poderia causar. Daí a existência desse cartaz e de outros milhares semelhantes a ele.…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Americano

Nós podemos fazer isso!

Além da necessidade muito real de convencer os cidadãos a se inscreverem para o serviço militar, os governos também tinham que persuadir as pessoas que ficaram para trás da importância de seus esforços de guerra. Nos Estados Unidos, o que se viu foi uma incrível necessidade de trabalhadores qualificados para produzir os materiais que os Aliados precisavam para lutar contra o Eixo, muitos dos cartazes de propaganda mais memoráveis foram os destinados à população civil. De longe, o mais emblemático  foi “We Can Do It”. Um simples cartaz de uma mulher que trabalha (baseado na personagem real de “Rosie, a rebitadeira”) flexionando seus músculos, deixa bem claro o novo poder das mulheres em toda a América. Ativas no serviço em fábricas em todo o país, essas mulheres eram parte vital do esforço de guerra dos EUA e, pela primeira vez na história do país, elas tornaram-se uma força econômica a ser considerada. Embora as coisas tenham mudado muito desde que a guerra terminou, o cartaz ainda é usado como um símbolo do poder feminino. Um poder só despertado pela necessidade, um poder que iria mudar a face do país para as gerações vindouras.…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

Cartaz Americano

Lembre-se do 7  de setembro

Antes do dia 7 de dezembro  de 1941, poucos americanos sentiam que seu país deveria entrar na guerra. O isolacionismo era um sentimento popular em toda a esfera política, e a nação americana havia permanecido quase que inteiramente incólume da carnificina a acontecer nos outros lados do Atlântico e do Pacífico. A América estava feliz com o fornecimento de grandes quantidades de material de guerra para seus aliados, mas isso era o mais longe que a maioria das pessoas estavam dispostas a ir. Então, o Japão atacou Pearl Harbor. Mesmo que a agressão tenha sido um golpe quase fatal para a frota americana do Pacífico, ela foi um dos mais caros erros que o Japão poderia cometer. O gigante adormecido foi despertado e a entrada completa dos EUA na guerra era inevitável. Para estimular a raiva que os americanos sentiram, o governo produziu um dos mais comoventes cartazes de propaganda já feitos, “Lembre-se do 7 de dezembro “. Uma imagem do assombro de uma bandeira americana esfarrapada, resolutamente balançando contra um céu enegrecido pela fumaça das explosões. O cartaz capturou perfeitamente a emoção de seu público-alvo. E mais importante, inspirou que milhares de cidadãos americanos visitassem o escritório de recrutamento local.…………..

Fonte: Kid Bentinho – História para quem gosta de histórias!

O fascismo vai pra cima de um grupo político e não para. Democratas do Brasil, uni-vos.

O fascismo vai pra cima de um grupo político e não para. Democratas do Brasil, uni-vos.

CRONOLOGIA

O Brasil durante a II Guerra Mundial

(Wikipédia, a enciclopédia livre.)
 1939  1940  1941  1942  1943  1944  1945  1946

Para que o fascismo não triunfe no Brasil!

Defenda a democracia, participe e organize a luta por nenhum direito a menos.

O que realmente é o fascismo

O que realmente é o fascismo

Lew Rockwell

Todo mundo sabe que o termo fascista é hoje pejorativo; um adjetivo frequentemente utilizado para se descrever qualquer posição política da qual o orador não goste.  Não há ninguém no mundo atual propenso a bater no peito e dizer “Sou um fascista; considero o fascismo um grande sistema econômico e social.”

Porém, afirmo que, caso fossem honestos, a vasta maioria dos políticos, intelectuais e ativistas do mundo atual teria de dizer exatamente isto a respeito de si mesmos.

O fascismo é o sistema de governo que opera em conluio com grandes empresas (as quais são favorecidas economicamente pelo governo), que carteliza o setor privado, planeja centralizadamente a economia subsidiando grandes empresários com boas conexões políticas, exalta o poder estatal como sendo a fonte de toda a ordem, nega direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos (como a liberdade de empreender em qualquer mercado que queira) e torna o poder executivo o senhor irrestrito da sociedade.

Tente imaginar algum país cujo governo não siga nenhuma destas características acima.  Tal arranjo se tornou tão corriqueiro, tão trivial, que praticamente deixou de ser notado pelas pessoas.  Praticamente ninguém conhece este sistema pelo seu verdadeiro nome.

É verdade que o fascismo não possui um aparato teórico abrangente.  Ele não possui um teórico famoso e influente como Marx.  Mas isso não faz com que ele seja um sistema político, econômico e social menos nítido e real.  O fascismo também prospera como sendo um estilo diferenciado de controle social e econômico.  E ele é hoje uma ameaça ainda maior para a civilização do que o socialismo completo.  Suas características estão tão arraigadas em nossas vidas — e já é assim há um bom tempo — que se tornaram praticamente invisíveis para nós.

E se o fascismo é invisível para nós, então ele é um assassino verdadeiramente silencioso.  Assim como um parasita suga seu hospedeiro, o fascismo impõe um estado tão enorme, pesado e violento sobre o livre mercado, que o capital e a produtividade da economia são completamente exauridos.  O estado fascista é como um vampiro que suga a vida econômica de toda uma nação, causando a morte lenta e dolorosa de uma economia que outrora foi vibrante e dinâmica.

As origens do fascismo

A última vez em que as pessoas realmente se preocuparam com o fascismo foi durante a Segunda Guerra Mundial.  Naquela época, dizia-se ser imperativo que todos lutassem contra este mal.  Os governos fascistas foram derrotados pelos aliados, mas a filosofia de governo que o fascismo representa não foi derrotada.  Imediatamente após aquela guerra mundial, uma outra guerra começou, esta agora chamada de Guerra Fria, a qual opôs o capitalismo ao comunismo.  O socialismo, já nesta época, passou a ser considerado uma forma mais branda e suave de comunismo, tolerável e até mesmo louvável, mas desde que recorresse à democracia, que é justamente o sistema que legaliza e legitima a contínua pilhagem da população.

Enquanto isso, praticamente todo o mundo havia esquecido que existem várias outras cores de socialismo, e que nem todas elas são explicitamente de esquerda.  O fascismo é uma dessas cores.

Não há dúvidas quanto às origens do fascismo.  Ele está ligado à história da política italiana pós-Primeira Guerra Mundial.  Em 1922, Benito Mussolini venceu uma eleição democrática e estabeleceu o fascismo como sua filosofia.  Mussolini havia sido membro do Partido Socialista Italiano.

Todos os maiores e mais importantes nomes do movimento fascista vieram dos socialistas.  O fascismo representava uma ameaça aos socialistas simplesmente porque era uma forma mais atraente e cativante de se aplicar no mundo real as principais teorias socialistas.  Exatamente por isso, os socialistas abandonaram seu partido, atravessaram o parlamento e se juntaram em massa aos fascistas.

Foi também por isso que o próprio Mussolini usufruiu uma ampla e extremamente favorável cobertura na imprensa durante mais de dez anos após o início de seu governo.  Ele era recorrentemente celebrado pelo The New York Times, que publicou inúmeros artigos louvando seu estilo de governo.  Ele foi louvado em coletâneas eruditas como sendo o exemplo de líder de que o mundo necessitava na era da sociedade planejada.  Matérias pomposas sobre o fanfarrão eram extremamente comuns na imprensa americana desde o final da década de 1920 até meados da década de 1930.

Qual o principal elo entre o fascismo e o socialismo?  Ambos são etapas de um continuum que visa ao controle econômico total, um continuum que começa com a intervenção no livre mercado, avança até a arregimentação dos sindicatos e dos empresários, cria leis e regulamentações cada vez mais rígidas, marcha rumo ao socialismo à medida que as intervenções econômicas vão se revelando desastrosas e, no final, termina em ditadura.

O que distingue a variedade fascista de intervencionismo é a sua recorrência à ideia de estabilidade para justificar a ampliação do poder do estado.  Sob o fascismo, grandes empresários e poderosos sindicatos se aliam entusiasticamente ao estado para obter proteção e estabilidade contra as flutuações econômicas, isto é, as expansões e contrações de determinados setores do mercado em decorrência das constantes alterações de demanda por parte dos consumidores.  A crença é a de que o poder estatal pode suplantar a soberania do consumidor e substituí-la pela soberania dos produtores e sindicalistas, mantendo ao mesmo tempo a maior produtividade gerada pela divisão do trabalho.

Os adeptos do fascismo encontraram a perfeita justificativa teórica para suas políticas na obra de John Maynard Keynes.  Keynes alegava que a instabilidade do capitalismo advinha da liberdade que o sistema garantia ao “espírito animal” dos investidores.  Ora guiados por rompantes de otimismo excessivo e ora derrubados por arroubos de pessimismo irreversível, os investidores estariam continuamente alternando entre gastos estimuladores e entesouramentos depressivos, fazendo com que a economia avançasse de maneira intermitente, apresentando uma sequência de expansões e contrações.

Keynes propôs eliminar esta instabilidade por meio de um controle estatal mais rígido sobre a economia, com o estado controlando os dois lados do mercado de capitais.  De um lado, um banco central com o poder de inflacionar a oferta monetária por meio da expansão do crédito iria determinar a oferta de capital para financiamento e estipular seu preço, e, do outro, uma ativa política fiscal e regulatória iria socializar os investimentos deste capital.

Em uma carta aberta ao presidente Franklin Delano Roosevelt, publicado no The New York Times em 31 de dezembro de 1933, Keynes aconselhava seu plano:

Na área da política doméstica, coloco em primeiro plano um grande volume de gastos sob os auspícios do governo.  Em segundo lugar, coloco a necessidade de se manter um crédito abundante e barato. … Com estas sugestões . . . posso apenas esperar com grande confiança por um resultado exitoso.  Imagine o quanto isto significaria não apenas para a prosperidade material dos Estados Unidos e de todo o mundo, mas também em termos de conforto para a mente dos homens em decorrência de uma restauração de sua fé na sensatez e no poder do governo. (John Maynard Keynes, “An Open Letter to President Roosevelt,” New York Times, December 31, 1933 in ed. Herman Krooss, Documentary History of Banking and Currency in the United States, Vol. 4 (New York: McGraw Hill, 1969), p. 2788.)

Keynes se mostrou ainda mais entusiasmado com a difusão de suas ideias na Alemanha.  No prefácio da edição alemã da Teoria Geral, publicada em 1936, Keynes escreveu:

A teoria da produção agregada, que é o que este livro tenciona oferecer, pode ser adaptada às condições de um estado totalitário com muito mais facilidade do que a teoria da produção e da distribuição sob um regime de livre concorrência e laissez-faire. (John Maynard Keynes, “Prefácio” da edição alemã de 1936 da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, traduzido e reproduzido in James J. Martin, Revisionist Viewpoints (Colorado Springs: Ralph Myles, 1971), pp. 203?05.)

Controle estatal do dinheiro, do crédito, do sistema bancário e dos investimentos é a base exata de uma política fascista.  Historicamente, a expansão do controle estatal sob o fascismo seguiu um padrão previsível.  O endividamento e a inflação monetária pagaram pelos gastos estatais.  A resultante expansão do crédito levou a um ciclo de expansão e recessão econômica.  O colapso financeiro gerado pela recessão resultou na socialização dos investimentos e em regulamentações mais estritas sobre o sistema bancário, ambos os quais permitiram mais inflação monetária, mais expansão do crédito, mais endividamento e mais gastos.  O subsequente declínio no poder de compra do dinheiro justificou um controle de preços e salários, o qual se tornou o ponto central do controle estatal generalizado.  Em alguns casos, tudo isso aconteceu rapidamente; em outros, o processo se deu de maneira mais lenta.  Porém, em todos os casos, o fascismo sempre seguiu este caminho e sempre descambou no total planejamento centralizado.

Na Itália, local de nascimento do fascismo, a esquerda percebeu que sua agenda anticapitalista poderia ser alcançada com muito mais sucesso dentro do arcabouço de um estado autoritário e planejador.  Keynes teve um papel-chave ao fornecer uma argumentação pseudo-científica contra o laissez-faire do velho mundo e em prol de uma nova apreciação da sociedade planejada.  Keynes não era um socialista da velha guarda.  Como ele próprio admitiu na introdução da edição nazista da Teoria Geral, o nacional-socialismo era muito mais favorável às suas ideias do que uma economia de mercado.

Características

Examinando a história da ascensão do fascismo, John T. Flynn, em seu magistral livro As We Go Marching, de 1944, escreveu:

Um dos mais desconcertantes fenômenos do fascismo é a quase inacreditável colaboração entre homens da extrema-direita e da extrema-esquerda para a sua criação.  Mas a explicação para este fenômeno aparentemente contraditório jaz na seguinte questão: tanto a direita quanto a esquerda juntaram forças em sua ânsia por mais regulamentação.  As motivações, os argumentos, e as formas de expressão eram diferentes, mas todos possuíam um mesmo objetivo, a saber: o sistema econômico tinha de ser controlado em suas funções essenciais, e este controle teria de ser exercido pelos grupos produtores.

Flynn escreveu que a direita e a esquerda discordavam apenas quanto a quem seria este ‘grupo de produtores’.  A esquerda celebrava os trabalhadores como sendo os produtores.  Já a direita afirmava que os produtores eram os grandes grupos empresariais.  A solução política de meio-termo — a qual prossegue até hoje, e cada vez mais forte — foi cartelizar ambos.

Sob o fascismo, o governo se torna o instrumento de cartelização tanto dos trabalhadores (desde que sindicalizados) quanto dos grandes proprietários de capital.  A concorrência entre trabalhadores e entre grandes empresas é tida como algo destrutivo e sem sentido; as elites políticas determinam que os membros destes grupos têm de atuar em conjunto e agir cooperativamente, sempre sob a supervisão do governo, de modo a construírem uma poderosa nação.

Os fascistas sempre foram obcecados com a ideia de grandeza nacional.  Para eles, grandeza nacional não consiste em uma nação cujas pessoas estão se tornando mais prósperas, com um padrão de vida mais alto e de maior qualidade.  Não.  Grandeza nacional ocorre quando o estado incorre em empreendimentos grandiosos, faz obras faraônicas, sedia grandes eventos esportivos e planeja novos e dispendiosos sistemas de transporte.

Em outras palavras, grandeza nacional não é a mesma coisa que a sua grandeza ou a grandeza da sua família ou a grandeza da sua profissão ou do seu empreendimento.  Muito pelo contrário.  Você tem de ser tributado, o valor do seu dinheiro tem de ser depreciado, sua privacidade tem de ser invadida e seu bem-estar tem de ser diminuído para que este objetivo seja alcançado.  De acordo com esta visão, é o governo quem tem de nos tornar grandes.

Tragicamente, tal programa possui uma chance de sucesso político muito maior do que a do antigo socialismo.  O fascismo não estatiza a propriedade privada como faz o socialismo.  Isto significa que a economia não entra em colapso quase que imediatamente.  Tampouco o fascismo impõe a igualdade de renda.  Não se fala abertamente sobre a abolição do casamento e da família ou sobre a estatização das crianças.  A religião não é proibida.

Sob o fascismo, a sociedade como a conhecemos é deixada intacta, embora tudo seja supervisionado por um poderoso aparato estatal.  Ao passo que o socialismo tradicional defendia uma perspectiva globalista, o fascismo é explicitamente nacionalista ou regionalista.  Ele abraça e exalta a ideia de estado-nação.

Quanto à burguesia, o fascismo não busca a sua expropriação.  Em vez disso, a classe média é agradada com previdência social, educação gratuita, benefícios médicos e, é claro, com doses maciças de propaganda estatal estimulando o orgulho nacional.

O fascismo utiliza o apoio conseguido democraticamente para fazer uma arregimentação nacional e, com isso, controlar mais rigidamente a economia, impor a censura, cartelizar empresas e vários setores da economia, escolher empresas vencedoras e privilegiá-las com subsídios, repreender dissidentes e controlar a liberdade dos cidadãos.  Tudo isso exige um contínuo agigantamento do estado policial.

Sob o fascismo, a divisão entre esquerda e direita se torna amorfa.  Um partido de esquerda que defende programas socialistas não tem dificuldade alguma em se adaptar e adotar políticas fascistas.  Sua agenda política sofre alterações ínfimas, a principal delas sendo a sua maneira de fazer marketing.

O próprio Mussolini explicou seu princípio da seguinte maneira: “Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”.  Ele também disse: “O princípio básico da doutrina Fascista é sua concepção do Estado, de sua essência, de suas funções e de seus objetivos.  Para o Fascismo, o Estado é absoluto; indivíduos e grupos, relativos.”

O futuro

Não consigo imaginar qual seria hoje uma prioridade maior do que uma séria e efetiva aliança anti-fascista.  De certa maneira, ainda que muito desconcertada, uma resistência já está sendo formada.  Não se trata de uma aliança formal.  Seus integrantes sequer sabem que fazem parte dela.  Tal aliança é formada por todos aqueles que não toleram políticos e politicagens, que se recusam a obedecer leis fascistas convencionais, que querem mais descentralização, que querem menos impostos, que querem poder importar bens sem ter de pagar tarifas escorchantes, que protestam contra a inflação e seu criador, o Banco Central, que querem ter a liberdade de se associar a quem quiserem e de comprar e vender de acordo com termos que eles próprios decidirem, que querem empreender livremente, que insistem em educar seus filhos por conta própria.  Principalmente, por aqueles investidores, poupadores e empreendedores que realmente tornam possível qualquer crescimento econômico e por aqueles que resistem ao máximo a divulgar dados pessoais para o governo e para o estado policial.

Tal aliança é também formada por milhões de pequenos e independentes empreendedores que estão descobrindo que a ameaça número um à sua capacidade de servir aos outros por meio do mercado é exatamente aquela instituição que alega ser nossa maior benfeitora: o governo.

Quantas pessoas podem ser classificadas nesta categoria?  Mais do que imaginamos.  O movimento é intelectual.  É cultural.  É tecnológico.  Ele vem de todas as classes, raças, países e profissões.  Não se trata de um movimento meramente nacional; ele é genuinamente global.  Não mais podemos prever se os membros se consideram de esquerda, de direita, independentes, libertários, anarquistas ou qualquer outra denominação.  O movimento inclui pessoas tão diversas como pais adeptos do ensino domiciliar em pequenas cidades e pais em áreas urbanas cujos filhos estão encarcerados por tempo indeterminado e sem nenhuma boa razão (senão pelo fato de terem consumido substâncias não-aprovadas pelo estado).

E o que este movimento quer?  Nada mais e nada menos do que a doce liberdade.  Ele não está pedindo que a liberdade seja concedida ou dada.  Ele apenas pede a liberdade que foi prometida pela própria vida, e que existiria na ausência do estado leviatã que nos extorque, escraviza, intimida, ameaça, encarcera e mata.  Este movimento não é efêmero.  Somos diariamente rodeados de evidências que demonstram que ele está absolutamente correto em suas exigências.  A cada dia, torna-se cada vez mais óbvio que o estado não contribui em absolutamente nada para o nosso bem-estar.  Ao contrário, ele maciçamente subtrai nosso padrão de vida.

Nos anos 1930, os defensores do estado transbordavam de ideias grandiosas.  Eles possuíam teorias e programas de governo que gozavam o apoio de vários intelectuais sérios.  Eles estavam emocionados e excitados com o mundo que iriam criar.  Eles iriam abolir os ciclos econômicos, criar desenvolvimento social, construir a classe média, curar todas as doenças, implantar a seguridade universal, acabar com a escassez e fazer vários outros milagres.  O fascismo acreditava em si próprio.

Hoje o cenário é totalmente distinto.  O fascismo não possui nenhuma ideia nova, nenhum projeto grandioso — nem mesmo seus partidários realmente acreditam que podem alcançar os objetivos almejados.  O mundo criado pelo setor privado é tão mais útil e benevolente do que qualquer coisa que o estado já tenha feito, que os próprios fascistas se tornaram desmoralizados e cientes de que sua agenda não possui nenhuma base intelectual real.

É algo cada vez mais amplamente reconhecido que o estatismo não funciona e nem tem como funcionar.  O estatismo é e continua sendo a maior mentira do milênio.  O estatismo nos dá o exato oposto daquilo que promete.  Ele nos promete segurança, prosperidade e paz.  E o que ele nos dá é medo, pobreza, conflitos, guerra e morte.  Se queremos um futuro, teremos nós mesmos de construí-lo.  O estado fascista não pode nos dar nada.  Ao contrário, ele pode apenas atrapalhar.

Por outro lado, também parece óbvio que o antigo romance dos liberais clássicos com a ideia de um estado limitado já se esvaneceu.  É muito mais provável que os jovens de hoje abracem uma ideia que 50 anos atrás era tida como inimaginável: a ideia de que a sociedade está em melhor situação sem a existência de qualquer tipo de estado.

Eu diria que a ascensão da teoria anarcocapitalista foi a mais dramática mudança intelectual ocorrida em minha vida adulta.  Extinta está a ideia de que o estado pode se manter limitado exclusivamente à função de vigilante noturno, mantendo-se como uma entidade pequena que irá se limitar a apenas garantir direitos essenciais, adjudicar conflitos, e proteger a liberdade.  Esta visão é calamitosamente ingênua.  O vigia noturno é o sujeito que detém as armas, que possui o direito legal de utilizar de violência, que controla todas as movimentações das pessoas, que possui um posto de comando no alto da torre e que pode ver absolutamente tudo.  E quem vigia este vigia?  Quem limita seu poder?  Ninguém, e é exatamente por isso que ele é a fonte dos maiores males da sociedade.  Nenhuma lei, nenhuma constituição bem fundamentada, nenhuma eleição, nenhum contrato social irá limitar seu poder.

Com efeito, o vigia noturno adquiriu poderes totais.  É ele quem, como descreveu Flynn, “possui o poder de promulgar qualquer lei ou tomar qualquer medida que lhe seja mais apropriada”.  Enquanto o governo, continua Flynn, “estiver investido do poder de fazer qualquer coisa sem nenhuma limitação prática às suas ações, ele será um governo totalitário.  Ele possui o poder total”.

Este é um ponto que não mais pode ser ignorado.  O vigia noturno tem de ser removido e seus poderes têm de ser distribuídos entre toda a população, e esta tem de ser governada pelas mesmas forças que nos trazem todas as bênçãos possibilitadas pelo mundo material.

No final, esta é a escolha que temos de fazer: o estado total ou a liberdade total.  O meio termo é insustentável no longo prazo.  Qual iremos escolher?  Se escolhermos o estado, continuaremos afundando cada vez mais, e no final iremos perder tudo aquilo que apreciamos enquanto civilização.  Se escolhermos a liberdade, poderemos aproveitar todo o notório poder da cooperação humana, o que irá nos permitir continuar criando um mundo melhor.

Na luta contra o fascismo, não há motivos para se desesperar.  Temos de continuar lutando sempre com a total confiança de que o futuro será nosso, e não deles.

O mundo deles está se desmoronando.  O nosso está apenas começando a ser construído.  O mundo deles é baseado em ideologias falidas.  O nosso é arraigado na verdade, na liberdade e na realidade.  O mundo deles pode apenas olhar para o passado e ter nostalgias daqueles dias gloriosos.  O nosso olha para frente e contempla todo o futuro que estamos construindo para nós mesmos.  O mundo deles se baseia no cadáver do estado-nação.  O nosso se baseia na energia e na criatividade de todas as pessoas do mundo, unidas em torno do grande e nobre projeto da criação de uma civilização próspera por meio da cooperação humana pacífica.

É verdade que eles possuem armas grandes e poderosas.  Mas armas grandes e poderosas nunca foram garantia de vitória em guerras.  Já nós possuímos a única arma que é genuinamente imortal: a ideia certa.  E é isso que nos levará à vitória.

Como disse Mises,

No longo prazo, até mesmo o mais tirânico dos governos, com toda a sua brutalidade e crueldade, não é páreo para um combate contra ideias.  No final, a ideologia que obtiver o apoio da maioria irá prevalecer e retirar o sustento de sob os pés do tirano.  E então os vários oprimidos irão se elevar em uma rebelião e destronar seus senhores.

Lew Rockwell é o chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.

FONTE: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1343

Fascismo não se dialoga, se combate

Fascismo não se dialoga, se combate

O que vocês está dizendo? Está dizendo para pegarmos nossos tacos de baseball e sairmos na rua como guerreiros medievais das cruzadas em busca dos hereges inimigos? Nada disso, há muito tempo tenho defendido aqui o combate ao Fascismo através das idéias, como forma de oferecer uma outra posição em relação ao ganguismo, à violência desnecessária que não em legitima defesa mas por principio de iniciação de agressão e etc, Porém muita gente anda confundindo muito do que se têm dito (ou propositalmente deturpado). Como você pode combater o fascismo através das ideias, bom são muitas formas, escrevendo textos, publicando em blogues, panfletando, distribuindo, escrevendo zines, produzindo revistas, fazendo grupos de estudos, fazendo grafites, grapixos, pixações, estickers, lambes, criando bibliotecas libertárias, centros culturais, ocupações, zonas autônomas temporárias, espalhando imagens dos fascistas pelas cidades, dialogando com o povo na rua, denunciando atuações fascistas, criando redes de contatos, enfim a lista é grande. Porem o que vêm na mente dos ganguistas de primeira quando se fala combater o fascismo através das ideias é que o individuo vai sair pra beber com nazi ou fasho e trocar ideia. Se você quer sair com fasho pra trocar ideia também, o problema é seu, não tenho realmente nada a ver com sua vida, só que a mesma liberdade que você tem pra ir pra lá eu tenho de querer te deletar pra sempre dos meus contatos e não te considerar como nada.

Que isso cara? Que sectarismo, que intolerância. De modo algum. A postura fascista não é nem nunca foi a do dialogo e sim da repressão, então se ele está dialogando com você, ou a sua postura é extremante favorável a dele (o que é no minimo suspeito), ou ele com certeza está cheio das segundas intenções, então se não quer se tornar bonequinho nas mãos dos interesses deles pense muito bem. Ademais as grandes ditaduras não aconteceram só por aqueles que se posicionaram a favor delas mas também graças aqueles que ficaram indiferentes propiciando a perseguição até mesmo de amigos e conhecidos enquanto pensava, ah não sou eu que estou sendo perseguido  qual o problema de conviver com a repressão? O máximo posso conversar com os repressores para amenizar um pouco as coisas, se não paciência. Ora, os fascistas sabem que são fascistas, os repressores sabem que reprimem, os torturadores sabem que torturam, os ditadores sabem que ditam, os violentos sabem as violências que praticam, pessoas que convivem nesse meio estão carecas (literalmente) de saber o que a acontece em seus meios, ele vê toda especie de covardia e pilantragem por parte desses grupos e não são suas palavras que vão mudar a indiferença dele. Enquanto isso tem toda uma gama de pessoas ignorantes quanto as reais atitudes desse grupos que só conhecem seu discurso e por isso os apoiam, esses sim são campos férteis para debates abertos e quem sabe muito produtivos.

O fascismo não vai pensar nem duas vezes em te descartar quando for do interesse dele. Então: Não seja tolerante com a intolerância.

Ditadura e violação dos direitos dos povos indígenas do Brasil | EBC

Diretor do Grupo Tortura Nunca Mais faz um balanço do relatório da Comissão Nacional da Verdade

 

Waimiri Atroari TV Brasil

O Amazônia Brasileira desta quinta-feira (15) recebe Marcelo Zelic, Diretor do Grupo Tortura Nunca Mais. Ele faz um balanço do resultado da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em particular no que diz respeito à violação dos direitos dos povos indígenas do Brasil que foram afetados diretamente, e em todo o país, pelas consequências da ditadura no país.

Ele acaba de retornar de uma viagem ao território do povo Tupinambá, na Bahia, que sofreu diversos ataques dos sucessivos governos militares, inclusive de uma política local que seguia os mesmos padrões do Governo Federal da época.

O Grupo Tortura Nunca Mais tem questionado, ao lado de outras organizações de defesa dos direitos humanos, o resultado do relatório sobre os povos indígenas, que teria sido muito incipiente para o número e a gravidade dos casos de violência sofridos por todos os povos àquela época. Houve prisão, tortura, desterro, e há casos em que os índios chegaram a ser atacados por bombas de napalm em suas aldeias.

Algumas consequências dessas violações são sentidas até hoje, como no caso dos Waimiri Atroari, que foram atacados pelo exército brasileiro por via aérea, para que saíssem do território onde foi construída, para o transporte de minérios, a BR 174, motivo de conflito entre esse povo e a população local até os dias atuais.

Os grupos de defesa dos direitos humanos querem também saber da compensação que cabe a esses povos e que providências serão tomadas nesse sentido. Ele nos conta como estão as discussões em relação a isso, e relata as consequências gerais do relatório da CNV.

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira a partir das 08h na Rádio Nacional da Amazônia, em rede com a Rádio Nacional do Alto Solimões, onde é transmitido ao vivo às 05h. A produção e a apresentação são de Beth Begonha.

Produtor
Beth Begonha